É do conhecimento geral que as tecnologias vêm, através dos séculos, possibilitando uma série de revoluções e mudanças sociais como, por exemplo, os aparelhos auditivos. Porém, o uso dessas técnicas para facilitar a vida de indivíduos com necessidades especiais é um sintoma de um período muito mais moderno e inclusivo.
É disso que se tratam as Tecnologias Assistivas; o direcionamento da ciência para o desenvolvimento de dispositivos e ferramentas que complementam as capacidades humanas, ou possibilitam ações que normalmente não podem ser executadas por pessoas com algum tipo de deficiência.
No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) propõe o seguinte conceito para o termo:
“Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.”
Portanto, estão nesta categoria: bengalas, roupas adaptadas, computadores, softwares especiais, aparelhos auditivos e outras ferramentas que facilitam a comunicação, mobilidade e a correção de posturas.
O termo tem origens americanas e foi criado em 1988. Em 1998 foi renovado como Assistive Technology Act, 1988 (P.L. 105-394, S.2432). Este, junto com outras leis, forma o ADA – American with Disabilities Act, e regula os direitos de pessoas com deficiências nos Estados Unidos.
Abaixo, confira a classificação de ferramentas que podem ser consideradas assistivas:
- Auxílios para a vida diária: materiais que auxiliam em tarefas comuns do dia a dia, como se alimentar, tomar banho, vestir-se e afazeres domésticos. Um exemplo é a colher adaptada para deficiências motoras ou pessoas com Parkinson.
- CAA (CSA) Comunicação (Suplementar) Aumentativa e Alternativa: aparelhos eletrônicos que facilitam a comunicação emissiva e receptiva de expressões básicas, como sensações e vontades. São softwares em computador, pranchas expressivas, vocalizadores etc.
- Hardware de acessibilidade: equipamentos que permitem o uso de computadores. São teclados alternativos, softwares de voz e dispositivos de reconhecimento.
- Dispositivos de controle do ambiente: aparelhos que permitem controlar remotamente outros eletrônicos e sistemas de segurança.
- Arquitetura modificada para acessibilidade: são modificações no ambiente que facilitam a circulação de pessoas com limitações nos movimentos rampas, elevadores, banheiros especiais e qualquer adaptação.
- Órteses e próteses: substituição ou correção de partes do corpo, posturas e funcionamento. As órteses são, por exemplo, recursos de apoio e cintas de correção vertebral. As próteses são membros artificiais para quem sofreu amputação.
- Mobilidade: cadeiras de roda, andadores e veículos que possibilitam a movimentação.
- Dispositivos complementares à visão ou a falta dela: são ferramentas, como lupas e lentes, que auxiliam a leitura de pessoas com a visão limitada; para os cegos, braile e vozes sintéticas que leem livros e documentos.
- Auxílio auditivo: aparelhos para surdez ou aparelhos auditivos, legendas especiais e o TTY (Teletipo), um recurso em celulares que facilita a comunicação.
- Adaptação veicular: são modificações que permitem a entrada, saída e a condução de veículos pessoais, tal como volantes, freios e bancos adaptados e rampas para cadeirantes.
Ainda que estejamos falando de tecnologia de ponta, muitos desses materiais são bem acessíveis para boa parte da população.
A Microsom, por exemplo, foca os seus esforços em pessoas que têm perda auditiva. Por isso, oferecemos aparelhos auditivos, frutos da tecnologia assistiva, para garantir aos seus clientes o direito de ouvir.
Hoje, a inclusão de pessoas com deficiências é um processo fundamental em nossa sociedade. A pessoa com deficiência pode reduzir ou eliminar suas limitações e participar mais efetivamente da sociedade.