Os sintomas de perda auditiva podem afetar pessoas de todas as idades, e, embora muitas vezes esteja associada ao envelhecimento, ela não é exclusiva dos mais velhos.
De fato, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas com idades entre 12 e 35 anos estão em risco de perder a audição devido à exposição prolongada a sons altos, como música em volumes elevados.
Maria Branco, fonoaudióloga da Microsom, reforça que, “a perda de audição pode acontecer em todas as faixas etárias. É preciso estar atento aos sintomas, porque, quanto mais cedo diagnosticar e iniciar o tratamento adequado, menor vai ser o impacto negativo dessa deficiência na vida do indivíduo”
Neste artigo, vamos explorar os principais sintomas da perda auditiva, suas causas e as melhores formas de tratá-la.
Se você está em busca de informações sobre como a perda auditiva pode afetar sua vida e como agir para preservá-la, continue lendo para entender melhor essa condição e como cuidar da saúde auditiva de forma eficaz!
Quais os tipos de perda auditiva?
A perda auditiva é uma condição que pode se manifestar de diferentes formas, dependendo da causa e do local afetado no sistema auditivo. Entender os tipos de perda auditiva é essencial para identificar os sintomas corretamente e buscar o tratamento adequado. Confira os principais tipos:
Perda auditiva condutiva
Esse tipo ocorre quando há uma obstrução ou dano no caminho do som no ouvido externo ou médio, dificultando a condução do som até o ouvido interno.
Os sintomas podem envolver sensação de ouvido tapado, dificuldade em ouvir sons baixos, sensação de abafamento, zumbido e dor de ouvido. É geralmente temporário e pode ser tratável. Pode ser provocado por acúmulo de cera, infecções, perfuração do tímpano ou malformações.
Perda auditiva sensorioneural
Resulta de danos ao ouvido interno (cóclea) ou ao nervo auditivo, afetando a parte responsável por transformar as vibrações sonoras em sinais elétricos que serão interpretados pelo cérebro.
É o tipo mais comum de perda auditiva, especialmente em idosos, e pode apresentar dano no ouvido interno ou nervo auditivo.
As causas mais comuns são o envelhecimento, a exposição a sons altos, alguns medicamentos ototóxicos, infecções virais, doenças auto imunes, tumores, traumatismo craniano ou mesmo por condições genéticas.
Os sintomas podem incluir dificuldade em entender a fala, especialmente em ambientes ruidosos, zumbido, sensação de que os sons estão abafados e dificuldade em localizar a origem dos sons.
Perda auditiva mista
A perda auditiva mista acontece quando há componentes de perda auditiva condutiva e componentes neurossensoriais, havendo dificuldades na condução do som mas também no processamento sonoro pelo ouvido interno.
Como este tipo combina perda condutiva e sensorioneural, os sintomas são variados e o tratamento dependerá da causa e da gravidade da perda auditiva.
Perda auditiva neurossensorial retrocolear
A perda auditiva neurossensorial retrococlear é um tipo específico de perda auditiva que ocorre quando há um problema no nervo auditivo ou em suas conexões no cérebro, após a cóclea.
A cóclea é a estrutura do ouvido interno responsável por transformar as ondas sonoras em impulsos elétricos. Quando falamos de “retrococlear”, estamos nos referindo a tudo o que vem depois da cóclea no caminho do som até o cérebro.
É caracterizado pela dificuldade de compreensão da fala mesmo em silêncio, e o diagnóstico exige avaliação especializada.
O que causa perda auditiva?
A perda auditiva pode ser causada por diversos fatores, que podem ocorrer em diferentes fases da vida e afetar de maneira distinta cada indivíduo. Entender essas causas é essencial para prevenir ou tratar a condição adequadamente.
De acordo com Maria Branco, diversos fatores podem influenciar a perda auditiva ao longo da vida.
Devido ao envelhecimento natural do sistema auditivo, com o passar dos anos, é comum que as células sensoriais do ouvido interno sofram desgaste, levando a uma condição chamada presbiacusia. Essa é uma das principais causas de perda auditiva em pessoas idosas.
O mesmo acontece com a exposição prolongada a ruídos intensos. Sons altos, como os de máquinas industriais, shows, fones de ouvido em volume elevado ou ambientes urbanos ruidosos, podem danificar as células ciliadas responsáveis por captar o som. Esse dano, muitas vezes, é irreversível.
Infecções no ouvido médio, como a otite média, podem causar inflamações ou danos estruturais que comprometem a audição. Quando não tratadas, podem levar a perdas permanentes.
Condições como meningite bacteriana podem deixar sequelas no sistema auditivo. Isso ocorre devido a infecções que afetam o ouvido interno ou as vias auditivas no cérebro.
Alguns medicamentos, como certos antibióticos e quimioterápicos, possuem propriedades ototóxicas, o que significa que podem prejudicar o funcionamento do ouvido interno. A supervisão médica é fundamental nesses casos.
Também ocorre de algumas pessoas nascerem com predisposição genética para perda auditiva, que pode se manifestar desde o nascimento ou ao longo da vida.
Esses fatores podem atuar isoladamente ou de forma combinada, agravando a perda auditiva ao longo do tempo. Reconhecer os primeiros sinais de perda auditiva é um passo crucial para buscar ajuda médica e melhorar a qualidade de vida.
Quais os sinais mais comuns da perda auditiva?
Prestar atenção nos sintomas é fundamental, mas quais são eles? Existem vários sinais que podem indicar perda auditiva, e compreender os possíveis sintomas ajuda o indivíduo a buscar apoio médico mais rápido.
A seguir, a fonoaudióloga lista os 6 principais sintomas que indicam perda auditiva. Confira!
1. Dificuldade para escutar o que os outros falam
A dificuldade em ouvir e compreender o que as outras pessoas estão dizendo é um dos sintomas mais comuns de perda auditiva, especialmente em ambientes ruidosos.
“Um indicador é quando o paciente tem dificuldade para conversar em ambientes ruidosos, como em uma festa ou almoço de família”, comenta Maria Branco. Muitas vezes, a pessoa começa a pedir para repetir a frase, sem conseguir entender claramente o que foi dito.
Nas crianças, esse sintoma pode ser identificado caso apresente problemas para entender o professor e tenha queda no desempenho escolar.
Em adultos, esse tipo de sintoma pode prejudicar a comunicação no ambiente de trabalho, dificultando a interação em conversas grupais ou reuniões, o que afeta a qualidade de vida e a produtividade.
2. Aumentar o volume da televisão ou outros dispositivos
Um dos sinais mais evidentes de perda auditiva é o alto volume da televisão. A especialista aponta:
“Principalmente nos indivíduos mais velhos, que costumam passar mais tempo em casa, e assistem mais à TV. É muito comum que eles aumentem o volume na esperança de ouvir melhor”.
Esse comportamento ocorre porque, à medida que a audição se deteriora, o indivíduo tenta compensar a falta de percepção auditiva elevando o volume dos aparelhos.
No entanto, com o tempo, esse aumento do volume pode não ser suficiente para que a pessoa consiga entender claramente o som, levando-a a continuar ajustando o volume para níveis mais altos.
A mudança de volume é um indicativo de que a pessoa não está conseguindo ouvir o som em um nível adequado. Para familiares e amigos, essa mudança de comportamento pode ser um alerta importante.
3. Não entender diálogos, especialmente em ambientes ruidosos
Uma pessoa com perda auditiva pode escutar o som, mas tem dificuldades para entender claramente o que está sendo dito.
“Mesmo em ambientes que não são tão barulhentos, o indivíduo não entende tudo que falam para ele. Isso pode indicar problemas de audição”, disse Branco.
Isso é diferente de simplesmente não ouvir nada, já que o indivíduo pode ouvir os sons ao redor, mas não consegue decodificar as palavras corretamente. Em situações de conversa, essa dificuldade pode levar a pessoa a pedir para que as frases sejam repetidas ou a dar respostas curtas e imprecisas, já que não compreende totalmente o que foi falado.
Esse sintoma pode ser particularmente frustrante, pois pode afetar a interação social e a capacidade de participar de conversas cotidianas, prejudicando a comunicação tanto no ambiente familiar quanto no profissional.
4. Ouvir zumbido constante
O zumbido constante nos ouvidos, conhecido como tinnitus, é outro sintoma comum de perda auditiva. Essa condição faz com que a pessoa perceba um som interno que ninguém ao redor consegue ouvir.
“Pessoas com zumbido têm grande chance de ter problemas de audição. Sempre que percebermos esse som, é importante investigar a possível causa e fazer avaliações”.
Ele pode variar em intensidade e frequência, sendo descrito como um chiado, assobio, ou som de apito. Embora o tinnitus possa ser causado por vários fatores, ele é frequentemente associado a problemas auditivos, como danos às células ciliadas no ouvido interno, responsáveis por captar os sons do ambiente.
Podendo ainda, ser um sinal de alerta de que o indivíduo está desenvolvendo perda auditiva ou que a condição já está em estágio avançado. É importante que, ao perceber o zumbido, a pessoa procure orientação médica, pois o tratamento precoce pode ajudar a minimizar o impacto da condição e a identificar a causa subjacente da perda auditiva.
5. Sentir o ouvido tampado
A sensação de ouvido tampado é frequentemente relacionada a problemas auditivos e é um sintoma que deve ser observado de perto. Essa sensação pode ocorrer devido a bloqueios temporários no ouvido médio, como no caso de infecções, ou devido a uma perda auditiva progressiva, que altera a percepção sonora.
Muitas pessoas com perda auditiva descrevem essa sensação como se o ouvido estivesse “cheio” ou com pressão, dificultando a percepção de sons. Isso pode ser particularmente desconfortável e levar a um aumento da irritabilidade, pois o indivíduo sente que não consegue ouvir claramente o que acontece ao seu redor.
Se esse sintoma persistir, é essencial consultar um especialista para avaliação, já que a sensação de ouvido tampado pode ser um indicativo de alterações na audição que necessitam de tratamento.
6. Mudanças de comportamento
Mudanças no comportamento também podem ser um sintoma de perda auditiva. Como a dificuldade para ouvir e entender conversas começa a afetar a interação social, Maria Branco explica:
“Pessoas que estão começando a ter perda auditiva podem ficar mais irritadas, tendem ao isolamento social e evitam situações em que têm que conversar muito”.
O isolamento social pode ser uma forma de lidar com a frustração de não compreender os outros, o que pode fazer com que a pessoa se torne mais introvertida ou irritada. Além disso, essa dificuldade de comunicação pode levar a um aumento no estresse e na ansiedade, já que o indivíduo pode sentir que não consegue se conectar adequadamente com os outros.
Como a perda auditiva impacta na qualidade de vida?
A perda auditiva pode ter efeitos profundos na qualidade de vida de uma pessoa, afetando várias áreas, incluindo a interação social, o bem-estar emocional e até a saúde mental.
Em sua forma mais simples, a dificuldade de ouvir compromete a comunicação, um aspecto essencial nas relações humanas. O indivíduo pode sentir que está perdendo conexões com familiares, amigos e colegas, o que pode levar a sentimentos de frustração, irritação e solidão.
Em situações sociais, como festas ou reuniões, a pessoa pode evitar participar ativamente de conversas, o que aumenta o isolamento.
Além disso, a perda auditiva também pode afetar a saúde emocional. Com o tempo, o indivíduo pode se sentir cada vez mais excluído, o que pode resultar em depressão ou ansiedade.
A dificuldade de compreender conversas pode gerar insegurança, especialmente no ambiente de trabalho, onde a comunicação clara é crucial para o bom desempenho profissional. Como citamos, em crianças, a perda auditiva não tratada pode levar a dificuldades de aprendizado, o que impacta o desenvolvimento acadêmico e social.
A boa notícia é que, entendendo os sinais de perda auditiva, é possível buscar ajuda e evitar agravamentos.
A importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce da perda auditiva é um fator determinante para a preservação da qualidade de vida. Quanto mais cedo a perda auditiva for identificada, mais eficaz será o tratamento, evitando que a pessoa experimente os impactos negativos no cotidiano e nas relações sociais.
Muitas vezes, a perda auditiva ocorre de maneira gradual, o que torna os sintomas difíceis de perceber até que se tornem mais evidentes. No entanto, buscar um especialista logo ao notar os primeiros sinais pode fazer toda a diferença no tratamento e na adaptação a novos recursos, como aparelhos auditivos.
Além de evitar o agravamento da perda auditiva, o diagnóstico precoce permite o acompanhamento contínuo de um otorrinolaringologista, o que aumenta as chances de preservar a audição.
O tratamento adequado pode melhorar significativamente a qualidade de vida, possibilitando a pessoa a retomar suas atividades normais sem as limitações causadas pela dificuldade auditiva.
Quais os tratamentos e soluções para perda auditiva?
O tratamento da perda auditiva envolve várias etapas, começando com a consulta ao especialista na qual o médico realizará um exame clínico e, em seguida, poderá recomendar exames audiométricos, que são essenciais para determinar o grau e o tipo de perda auditiva. Com base nos resultados, o especialista poderá indicar o tratamento mais adequado para o caso.
Uma das soluções mais comuns para a perda auditiva é o uso de aparelhos auditivos. Esses dispositivos ajudam o usuário a ouvir com mais clareza e a participar ativamente das conversas e atividades cotidianas.
A adaptação de aparelhos auditivos pode levar algum tempo, já que é preciso ajustar as configurações para se adequar às necessidades específicas do usuário.
A Microsom, especialista em soluções auditivas, oferece uma ampla gama de aparelhos auditivos de última geração, com recursos personalizados para cada condição.
Além disso, a empresa conta com um time de profissionais qualificados para garantir o melhor acompanhamento no processo de adaptação, assegurando que cada usuário tenha a melhor experiência possível.
Cuide e proteja a saúde dos seus ouvidos
Como vimos ao longo deste artigo, a perda auditiva pode ser causada por uma série de fatores, mas com a ajuda de especialistas como otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos, é possível tratar e adaptar soluções eficazes, como os aparelhos auditivos.
A Microsom, com suas soluções inovadoras e tecnologias de ponta, oferece um acompanhamento especializado para garantir que você tenha a melhor experiência auditiva possível. Cuidar da saúde auditiva é essencial para manter uma vida ativa, social e profissionalmente equilibrada.
Se você percebeu algum dos sintomas abordados neste artigo ou deseja saber mais sobre como proteger e melhorar sua audição, entre em contato com a Microsom e descubra como nossas soluções podem fazer toda a diferença na sua qualidade de vida!