Se a sua resposta foi não, você faz parte de boa parte da população que coloca de lado os cuidados com os ouvidos ao longo da vida. E que, justamente por isso, corre maior risco de sofrer com as consequências de um diagnóstico e um tratamento tardios da perda auditiva.
Hoje, a maioria dos recém-nascidos passa por uma triagem auditiva – gratuita e garantida por lei – antes de receber alta hospitalar. Infelizmente, depois disso, a preocupação com a qualidade da audição só virá mesmo com a chegada da velhice ou dos primeiros sinais de desgaste e falhas desse nosso sentido tão importante para a comunicação.
Ocorre que o exame na maternidade não consegue rastrear todos os problemas – e muitos deles podem se desenvolver durante a infância, impactando diretamente o aprendizado e o desenvolvimento da fala e da linguagem. A literatura médica mostra que um a dois bebês a cada mil nascerão com problemas auditivos graves e que, de vinte a trinta, manifestarão perda auditiva até completarem cinco anos.
Resultado: segundo o último levantamento realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 10 milhões de pessoas no país apresentam perda auditiva – cerca de 1 milhão delas são crianças e jovens de até 19 anos. No mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), das 360 milhões de pessoas com perda auditiva incapacitante (ou 5% da população), 32 milhões são crianças.
É por tudo isso que os especialistas em voz e audição têm recomendado uma avaliação audiológica preventiva e anual – ainda que esse check-up seja mais intensificado e quase que obrigatório após os 50 anos.
Os exames
Um otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo são os especialistas mais indicados para rastrear, acompanhar e tratar problemas auditivos. E são eles, cada qual com sua especialidade, que realizam os exames simples e indolores – como audiometria e otoscopia – que irão testar no paciente, por exemplo, a sua capacidade de audição, de reconhecimento e de distinção dos sons ou ainda diagnosticar a presença de danos aos ouvidos, como excesso de cera, zumbido, inflamações ou até mesmo perfurações.
Na Microsom, os especialistas incentivam a prevenção e as consultas periódicas com otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos como a primeira e melhor forma de tratamento dos desgastes que hoje acometem os ouvidos de todas as pessoas, sem distinção de idade.