Antes dos aparelhos auditivos como conhecemos, diversos modelos bem diferentes do que são vistos hoje existiram, alguns tão grandes que precisavam ser carregados com as mãos.
Felizmente, a história nos trouxe a um período de avanços tecnológicos suficientes para tornar os aparelhos mais compactos. Porém, à título de conhecimento, vale a pena investigar brevemente a história desse invento que facilita a vida de muitas pessoas com perda auditiva:
O primeiro registro de algo semelhante a um aparelho surgiu no início do Século XIX, com trombetas utilizadas no ouvido, mas eram eficazes quando as pessoas falavam diretamente em sua abertura.
As trombetas seriam a melhor opção auditiva até cerca de 1920, quando foi criado o tubo de conversação: nele, a pessoa falava no funil preso em uma das extremidades, enquanto o receptor escutava na outra ponta.
Ainda nessa década surgiram as aurículas. Se assemelhavam a tiaras cujas pontas continham duas partes que, quando posicionadas sobre as orelhas, produziam um efeito semelhante ao que acontece quando fazemos uma “concha” com as mãos para ouvir melhor.
Os primeiros aparelhos auditivos elétricos:
O aparelho auditivo como conhecemos está em constante evolução desde a sua criação, no final da década de 20. E o que tornou isso possível foi a criação do microfone de carbono, desenvolvido originalmente para telefones. Entretanto, os aparelhos de carbono tinha um problema: eles produziam um som ruidoso devido ao atrito dos fragmentos de carbono sobre o diafragma; além disso, não funcionavam com o usuário deitado, já que não haveria a ação da gravidade puxando o carbono sobre o diafragma.
Em 1948, pela empresa Bell Labs, surgiu o transistor. Rapidamente os demais fabricantes notaram que se tratava de um avanço em termos de aparelhos auditivos, pois o transistor eliminava a necessidade de duas baterias. Com isso, os aparelhos passaram a durar mais enquanto o usuário reduziam os custos com a troca de aparelhos.
Os aparelhos auditivos retro-auriculares (BTE – Behind The Ear) apareceram na década de 50. Os primeiros BTEs eram relativamente discretos em comparação com os modelos anteriores.
Foi em 1987 que nasceram os primeiros aparelhos auditivos digitais, resultados de uma parceria entre a Universidade de Wisconsin e do Instrument Corporation Nicolet, tendo sua primeira venda bem sucedida na década de 90. Os dispositivos digitais tinha seu sistema divido em dois: uma parte guardava o processador de uso, a outra ficava atrás do ouvido, ambas ligadas por um fio condutor. A peça necessitava de três baterias para o funcionamento.
A partir daí, a ciência cuidou de acelerar os avanços no ramo da tecnologia assistiva e, graças a isso, temos hoje aparelhos auditivos wireless, conectados com os smartphones para controle remoto. Hoje, muitos aparelhos circulam no mercado, com inúmeras funções que atendem a diversas necessidades.
Gostou de conhecer um pouco da história dos aparelhos auditivos?
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